quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Trabalhador Brasileiro
Reunião do bom dia em uma empresa qualquer de Campina Grande - PB.
Gerente:
- Gostaria de informar a todos os funcionários, que no próximo sábado (15/11 - Feriado Nacional referente à Proclamação da República), nossa loja funcionária com carga horária normal. Todos as empresas fizeram um acordo com o Sindicato dos Comerciários para que não seja cobrada multa por funcionamento, como também para que a jornada de trabalho não seja contabilizada como hora extra. Decidimos fazer isso, levando em consideração a atual crise financeira que está afetando todo o comércio. A diretoria agradece a compreensão de todos.
Reunião finalizada todos os funcionários saem da sala sem sequer questionar o fato de trabalharem em um feriado sem receber hora extra e sem ter direito a um dia de folga. É importante lembrar que na mesma reunião foi mencionado que prováveis demissões poderão acontecer caso a crise não seja solucionada. Quem questionaria? Mais uma vez empresas utilizam-se de ameaças para explorar seus funcionários, e o velho ditado reina imperioso: "manda quem pode, obedece quem tem juízo".
E o sindicato? A quem defende? A quem fiscaliza? Minha impressão é que deixou de ser órgão de fiscalização dos direitos dos trabalhadores e passou a ser instrumento de troca de favores "inocentes" entre seus dirigentes e empresários.
Viva o trabalhador brasileiro!
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Segurança Porreta!
Seria cômico se não fosse trágico, mas fiquei impressionado com a ação dos bandidos na cidade de Campo de Santana, Agreste Paraibano. Uma quadrilha formada por seis homens não identificados invadiram a delegacia local e renderam os dois policiais que estavam de plantão. Levaram as armas e as fardas dos PM's, deixando-os apenas de cueca. Tal fato retrata o caos em que está a segurança pública na Paraíba. Se bandidos como estes possuem toda a facilidade de invadir uma delegacia policial armada e "preparada", o que podem fazer ao cidadão comum? Êita segurança porreta!
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
O Picadeiro
Após uma campanha eleitoral esticada pelo segundo turno, finalmente chegamos ao fim do espetáculo circense na corrida pela Prefeitura Municipal de Campina Grande. Os palhaços eram vários, fantasiados das mais diversas cores. Vermelhos e amarelos se agrediam, tentando conquistar o sorriso daqueles que ainda estavam céticos na platéia. Uma performance jamais vista na cidade, talvez em toda a Paraíba.
Programas partidários censurados pela justiça e agressões verbais cantadas em paródias deram o “tom” das eleições democráticas na Rainha da Borborema. Um verdadeiro show de denúncias, de poluição visual e sonora e de muita, muita falta de respeito pelos cidadãos campinenses! De repente lançar propostas, discutir realidades, mostrar soluções, para os principais problemas de nossa cidade, deixaram de ser o ponto central da campanha, abrindo espaço para discursos vazios repletos de ataques mútuos.
Políticos correligionários vestiram a camisa de seus protegidos, esquecendo que o seu papel antes de qualquer parceria partidária, é de atender a todas as cidades independente de quem seja o seu administrador. A participação de tais autoridades políticas foi decisiva nos últimos instantes desta eleição. Programas sociais com recursos estaduais e federais eram utilizados como argumento para obtenção de votos.
Depois de uma longa temporada o Circo Eleitoral desarma o seu picadeiro. Lonas são guardadas até a próxima turnê. E os palhaços? Após retirarem a maquiagem uns riem e outros choram. É a realidade da vida de tais artistas!